COMO SURGIU O MARACATU?

Algumas versões

1) O Historiador Leonardo Dantas Silva discorre sobre Maracatu Nação-“Na realidade,o que existia era o cortejo do rei,o cortejo do Rei do Congo,o cortejo do Rei de Angola,o cortejo do Rei de Cabinda.O maracatu na realidade era o ponto onde se realizavam os batuques. É como aquela história de forró: forró não é um gênero musical, mas o local onde as coisas acontecem.Gafieira não é 1 gênero musical,é o local onde as coisas acontecem,um baile popular.O forró é um baile popular e no baile tem xaxado,baião,tem xote.Então o maracatu era o local onde aconteciam os batuques dos negros,as reuniões de negros eram chamadas “maracatu”. Tanto é que a primeira notícia em que se fala[de maracatu]é sobre o Maracatu dos Coqueiros,não é uma agremiação,é o local onde se reuniam os negros.ex:A escrava [foragida] Catarina foi vista no Maracatu dos Coqueiros,freqüenta o Maracatu dos Coqueiros.
A[transição do Cortejo do Rei do Congo ao Maracatu]acontece a partir do momento que vem a abolição da escravatura,então a função do Rei do Congo desaparece, não tem razão de ser.O Rei do Congo era um auxiliar da autoridade policial, ele era autoridade intermediária entre o poder do estado e as nações africanas. Todas as nações deviam obediência ao Rei do Congo.Pouco antes da proclamação da república morre o último Rei do Congo da paróquia de Santo Antônio, que era Antônio de Oliveira.Quando ele morre não tem mais sucessor.Nesse momento, quem é que passa a ser o líder daquele grupo?O líder daquele grupo é o líder espiritual, então começa a liderança dos líderes do culto Nagô. Esses mantiveram o cortejo como uma forma de sair no carnaval. Quando o cortejo vinha às ruas com aquela percussão, que os jornais criticavam muito, eles chamavam maracatu,pois aquela percussão era semelhante [a outros batuques dos negros].Foi a imprensa que denominou o cortejo de “maracatu”.

FONTE:http://www.overmundo.com.br

2)Breve histórico sobre o Maracatu de Baque Virado Pernambucano

Por Aline Valentim

O maracatu é uma manifestação da cultura popular pernambucana que tem suas origens no séc. XVII. Neste momento foi criada a Instituição Mestra através da qual a Coroa Portuguesa ‘autorizava’ os negros, escravos ou libertos, a elegerem seus reis e rainhas. A cerimônia de coroação acontecia no dia de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos em frente as Igrejas, sendo presidida por um pároco indicado pela coroa. O maracatu era então designado como Nação, isso porque a escolha dos reis era feita de acordo com as diferentes etnias africanas trazidas ao Brasil.
Vale ressaltar que alguns pesquisadores identificam também outras manifestações populares como a Congada mineira e o Afoxé baiano como tendo sua origem relacionada á Instituição Mestra, também conhecida com Instituição do Rei do Congo, já que esta teria vigorado por todo o território nacional.
Apesar de todo vínculo com a tradição católica, o maracatu sempre foi e ainda é uma manifestação essencialmente negra, mas, assim como outras manifestações afro-brasileiras acabou se sincretizando em alguns aspectos para manter-se viva. E é, exatamente neste estado, que encontramos os maracatus de Recife hoje: vivos. Existindo e resistindo enquanto expressão cultural ao mesmo tempo tradicional e dinâmica, num constante processo de transformação.

Atualmente, o maracatu de nação ou de baque virado, como é conhecido em oposição ao maracatu de baque solto, é uma bela festa popular característica do carnaval pernambucano. Representação de uma corte real, ricamente paramentada com vestimentas ao estilo Luís XV, aonde se vêem muitos elementos de importante simbologia e singularidade visual como é o caso da calunga: boneca usualmente feita de cera e madeira que representa um importante ancestral da nação, sendo também associada á proteção espiritual. Esta boneca é carregada por uma importante figura da corte chamada ‘Dama-do-paço’.
Além dessas e do rei e rainha, existem ainda outros personagens importantes na corte como os príncipes e princesas, barões e baronesa, embaixador e embaixatriz… As catirinas, assim como os lanceiros, representam os vassalos que, com seu bailado, circulam a corte real, protegendo-a. Esses são alguns dos elementos mais tradicionais, além destes existem outros que vêm sendo introduzidos mais recentemente, como é o caso da ala que representa os orixás e da ala ‘afro’ que dança passos marcados.
Sendo assim, o cortejo de maracatu constitui-se em imponente espetáculo que envolve além de toda riqueza estética e simbólica, também uma intensa musicalidade através dos cânticos chamados de ‘toadas’ e da orquestra percussiva que executa diversos tipos de ‘baques’.
O maracatu de baque virado é um universo extremamente rico em termos estéticos, rítmicos, históricos e comunitários. Envolve dança, música, canto, alegria, ritual, e principalmente um enorme envolvimento emocional-comunitário.

Agumas das principais Nações de Maracatu do Recife:

Porto Rico
Estrela Brilhante
Leão Coroado
Cambinda Estrela
Elefante
Encanto da Alegria
Estrela Brilhante de Igarassú

Agenda Alves Cruz apresentação Baque Virado batizado Bloco de Pedra blocodepedra Bloco de Percussão caldinho de feijão Calo na Mão cineclube Circuito Cultural coco de umbigada Consciência Negra construção construção de instrumentos convenção Dia da Consciência Negra Escola Alves Cruz Festa Junina Grupo Quiloa guadalupe história Letras de Toadas Leão Coroado Maracatu maracatu.org.br Maracatu Bloco de Pedra Maracatu Leão Coroado Maracatu Nação Maracatu São Paulo Mestre Shacon Mestre Walter Nação Porto Rico Olinda parceiros do Bloco de Pedra Porto Rico programação Projeto Calo na Mão Quiloa Recife Santos Sessão Caldinho de Feijão Sábado São Paulo

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