TOADAS DO BLOCO DE PEDRA

Aqui estão algumas das toadas do bloco que ensaiamos recentemente.

Mãe África (Meu maracatu chegou) (Marcio Lozano)

Meu maracatu chegou

pra arrastar a multidão.

Tem a força do tambor,

feito prece e oração.

Meu maracatu chegou

com a força e o poder,

que Mãe África deixou

pra gente se entender.

Tem um baque que é forte,

que aponta o norte da nossa intenção,

tem o rumo da gente

soprado no apito do meu capitão.

Lá em casa (Marcio Lozano)

Lá em casa eu faço bombo

feito negro fez um dia,

pra replantar a semente,

dessa gente…Gente minha.

Lá em casa eu toco bombo

feito negro fez um dia,

pra replantar a semente,

dessa gente…Gente minha.

Lá em casa eu deixo a porta

sempre aberta, é só chegar!

Com humildade, respeito

e coragem pra ficar.

Lá em casa eu canto a história

que negro viveu um dia,

pra replantar a semente,

dessa gente…Gente minha.

Nossa bandeira (Marcio Lozano)

Vou subir nossa bandeira

no alto da antena pra mostrar,

onde fica nossa casa,

onde é nosso lugar.

De longe vai dar pra ver.

Bandeira!

Hasteada no topo do Ilê.

De longe vai dar pra ver.

Bandeira!

Lá no alto do Ilê.


Homenagem ao Shacon (Marcio Lozano)

Esse baque é lento

foi Shacon que ensinou,

é chamado baque das ondas,

assim ele chamou.

Esse baque vem de além mar

foi trazido por Nação Nagô.

Esse baque é de Orixá,

é toque de tambor.

Deixa o tambor ecoar

se espalhar na imensidão,

que esse toque é pra lembrar

a força da tradição.

Menina da saia rodada (Vinicius Pereira)

Menina da saia rodada

balança que eu quero ver,

essa tarde eu bato bombo…

Forte! Só pra te ver.

* OBS. Na primeira versão era “Morena da saia rodada”

Com licença o de casa (Vinicius Pereira)

Com licença o de casa,

pro meu baque aqui passar.

Passou… passou…

Passa o meu baque virado!

Meu pai com calma (Roberta)

Meu pai com calma

apagou o pito,

pegou o apito

e chamou o abê.

Gonguê e caixa

sustenta a toada,

pra Alfaia ‘moê’.

Mas olha só quem chegou,

foi preto velho quem chamou,

o menina vem pra cá

pro Maracatu vem batucar.

Vem subindo a ladeira (Marcio Lozano)

Vem subindo a ladeira vem lá,

Vem subindo a ladeira vem lá,

Olha o Bloco de Pedra vem quem quer chegar!

Olha o Bloco de Pedra vem quem quer chegar!

Chegô, chegô,

Chego de lá, vai ter tambor oi cabimda pra gente brincar!

Chegô, chegô,

Chego de lá, vai ter tambor oi cabimda pra gente brincar

TOADAS DO MARACATU NAÇÃO LEÃO COROADO

Todas as toadas são tocadas com o baque de Pitomba, tradicional baque do Leão Coroado

Oh! senhora do Rosário a sua casa cheira
cheira cravo, cheira rosa cheira a flor de laranjeira

Samba lêlê tá mutá ooh!
viemos de Luanda
oh! minha gente vem ver o Leão onde anda

Nessa casa diamante aonde o Leão entrou
palavra rei medalha medalha pro governador

olê olá negrada olha a linha
sustenta essa pisada nosso rei nossa rainha

lanceiro sentido somos de Minas Gerais
a licença foi tirada pelo barão de Caxangá

Esse maracatu foi fundado em 1863
codinome Leão Coroado passado e glorias nunca se desfez
é o maracatu mais antigo, pois nenhum museununca lhe acolheu
nós somos de nação germam semente africana Xangô pai nos deu

olha a costa veia
é nagô ifã
Leão Coroado é nação german

TOADAS DA NAÇÃO PORTO RICO

Oh! Eu sei, minha origem é Nagô,
É Nagô, é Nagô, é Nagô, é Nagô, é!
Oh! Eu sei, minha origem é Nagô,
Sei de onde vim, mas onde vou, senhor?

Onde estão nossas origens,
Que a história não registrou?
Onde estão nossos heróis da história,
E com passado de glória, com destemor?

Entre os grandes heróis, mostramos,
Que o líder maior, Zumbi.
Nunca foi o bicho mau da história,
Que muitas vezes na escola,
Com medo ouvi.

Viva treze de Maio,
“negro livre no Brasil”.
Mas ao bem da verdade,
Foi um “primeiro de abril”.

SE É BÀBÁ (XEU ÊPA BÀBÁ– Shacon Viana

Oxalá meu pai
Tenha pena de nós, tenha dó
Salve a Nação Porto Rico
Que seus poderes são maior

A Nação de Porto Rico
Vem trazendo todos os santos
Vamos homenagear
De Êxum a orixalá

Bate o agonguê, toque o ijexá,
Bate o agonguê, canta Xêuêpa Babá.

SALVE OS BATUQUEIROS – Shacon Viana

Bate o bombo no terreiro,
Chamando os filhos pra dançar.
Salve, salve os batuqueiros,
Porto Rico vai passar.

Da licença meu senhor,
Da licença minha senhora,
Da licença eu vou passar,
Que os trovão já vão embora.

Salve Deus minha Nação,
Que aqui se consagrou,
Salve o povo de Luanda,
Só um adeus que eu já me vou.

CANTO PRA XANGÔ OMULÚ– Shacon Viana

Surgiu um grito nas pedreiras,
“kawo, kawo, kabé, se ilê”,
bate o bombo na aldeia.
Chamando os filhos de fé.

Eu sou filho de Nanã,
Quem me chamou foi Yemanjá.
Porto Rico tem um baque,
Baque das ondas do mar.

BAQUE DAS ONDAS– Shacon Viana

O feitiço da bruxa de pano,
Boneca de cera vamos respeitar
Porto Rico que vem de Luanda,
Segure o baque das ondas do mar.

Salve Xanô nas pedreiras,
Oxósse na mata, Oxum na cachoeira.
Odó Mió! Yemanjá.
Segure o baque das ondas do mar.

Vem chegando Nanã e Omolú,
Ossain e as folhas, salve Obá!
A rainha que é Yansan,
Segure o baque das ondas do mar

É das ondas do mar (êo)
É das ondas do mar (e laia)
É das ondas do mar
Segure o baque das ondas do mar
Pout Pourri – Nas águas verdes do mar

Nas águas verdes do mar,
Vi um barquete bonito

Quando o farol deu sinal,
Eu avistei Porto Rico.

Se meu povo está em guerra
Yansan vem lê salvar
Salve o povo de Olorún
Êpahei! Chegou Oba!

Atotô a Omolú,
Pra curar todos feridos.
A Yêeu, mamãe Oxum,
Com seu canto e muito brilho.

É Ogum nosso guerreiro,
É Oxósse o caçador.
Esse é o baque de guerra,
Salve o povo de Olorún.

MEU BAQUE É LENTO

Meu baque é lento,
Vem das ondas do mar.
Vou levar flores,
Pra minha mãe, Yemanjá.

Toca o aljá pra Xangô,
Tca o Ijexá pra Oxalá.
Oxum é a Deusa do Ouro,
Princesa dos orixás.

NOITE DO DENDÊ– Shacon Viana

Chega meu povo, corre pra ver,
Nação Porto Rico e a noite do Dendê.

Em 1914, fiz a noite do Dendê,
Em 1914, fiz a noite do Dendê.

Tocando ilu pelo terreiro, só pra ver o chão tremer.
Tocando ilu pelo terreiro, só pra ver o chão tremer.

Vamos cantar minha gente,
Nessa noite eu quero ver.
De Exu a Orixalá,
Batendo baqueta, quebrando o Dendê.

ELIZABETH A RAINHA – Shacon Viana

Ela é a minha madrinha,
Elizabeth a rainha acabou de chegar.

Toque um egó, batuqueiro.
A que nesse terreiro, pra ela dançar.

É pra ela dançar, é pra ela dançar,
Toque um ego batuqueiro,
A que nesse terreiro pra ela dançar.

NAÇÃO GUERREIRA

Oh Porto Rico, Nação guerreira.
Nação verdadeira de muito valor.
Bate o bombo, manda uns trovão,
Porto Rico é de nação Nagô.

NO TOQUE DO MEU TAMBOR

Quando toco meu tambor,
Quando escuto o meu cantar.
É no reino de Ogum,
Que Porto Rico vai passar.

No toque do meu gongué,
No chiquichá dos meus agbês.
Tarol e caixa pra você,
Na marcação que eu quero ver.

“Porto Rico é de Nação Nagô”

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