No sábado (25/7) durante a nossa oficina aberta receberemos nossos amigos do Maracatu Quiloa para comemorarmos nossos 10 anos! É uma alegria imensa abrirmos nossa casa para vocês!
O Quiloa é o primeiro grupo da Baixada Santista que se tem registros. Fundado em 2003 por estudantes da UNESP São Vicente, músicos e professores, que depois de participarem de um Arrastão de Maracatu de Baque Virado, na Feira Nordestina, em São Paulo. Liderado por Felipe Romano e Melina Cabral, o grupo começou a se reunir em uma república formada por estudantes da Unesp, onde começou a se pensar uma melhor maneira de aprender sobre o maracatu e despertar o interesse de mais pessoas para construir junto essa idéia de grupo. Com o apoio do Centro Acadêmico, os ensaios começaram a se realizar na própria faculdade.
Em setembro de 2004, diante da necessidade de aprimorar seus conhecimentos, o grupo, até então sem nome, decidiu convidar integrantes do grupo Viralatisse, Luiz Gustavo Silviano, Gledson Lima e Maria Carolina, para realizar uma oficina dentro das atividades da Semana da Biologia.
O primeiro arrastão de maracatu realizado pelo Quiloa, em fevereiro de 2006, contou com a participação do músico Nego Henrique, da banda Cordel do Fogo Encantado. Como a maioria dos integrantes do Quiloa eram alunos da Unesp e praticamente todos eram de outras cidades, a evasão era comum nos finais de ano. Portanto, no final deste ano, 3 dos 5 integrantes fundadores do Quiloa, Melina, Léo e Iara, voltaram para suas cidades, ficando o grupo sob a coordenação do músico Felipe Romano e apoio da educadora Carol Real.
Em 2007, foi realizado o segundo arrastão pelas ruas da cidade, na seqüência o grupo passou a ocupar o galpão cedido pelo diretor teatral, Tanah Corrêa, no bairro do Macuco, em Santos. Em abril, a presença de Mestre Shacon Vianna, da Nação Porto Rico – PE, em oficina aberta organizada pelo Quiloa, representou um marco para a história do grupo que passou a compreender o maracatu e sua responsabilidade como um meio do povo se expressar e mobilizar uns aos outros, colaborando diretamente na formação da cultura brasileira e na valorização de suas matrizes africanas, além do mestre auxiliar com os desafios impostos naquele momento de mais uma vez constituir a idéia de grupo, focando na possibilidade de desenvolver parcerias que fomentem o pertencimento e identidade cultural, resultando no convite de Mestre Shacon a Felipe para integrar a Nação Porto Rico como batuqueiro na passarela, em Recife, no ano seguinte.
Em julho de 2009, mais de 200 batuqueiros coloriram as ruas do centro de branco, amarelo e vermelho, identificando os integrantes do Bloco de Pedra/ SP e Quiloa. No mesmo mês, o grupo que buscava uma nova sede, conseguiu, por meio de uma parceria com a atriz Márcia Marques a ocupação de um casarão na Rua General Câmara, 99.
Durante o carnaval multicultural do Recife, o Quiloa foi homenageado com a escolha de uma de suas composições, “Essa é a minha Nação”, integrando o repertório do Porto Rico, que concorreu no desfile oficial dos Maracatus de Baque Virado, além de contar com nove integrantes do Quiloa na passarela. Na terça-feira de carnaval estreou como o primeiro maracatu fora do estado de Pernambuco a participar do carnaval do Recife.
O Maracatu Quiloa, durante seus 11 anos de realizações culturais com foco na cultura do Maracatu de Baque Virado, promove o intercâmbio cultural e proporciona a oportunidade de trocar, transmitir e vivenciar a Cultura Popular, realizando mostras de arte, cortejo, exposições, oficinas culturais, encontros e intervenções artísticas em espaços públicos e em outros pontos culturais, a Associação vem multiplicando os conhecimentos da cultura brasileira levando diversidade artística a todas as camadas sociais e assim fortalecendo a cultura popular na Baixada Santista.
Video: Quiloa e Bloco de Pedra – julho de 2009
Texto retirado de: http://quiloa.maracatu.org.br/
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