TOADAS DO MARACATU NAÇÃO LEÃO COROADO

Todas as toadas são tocadas com o baque de Pitomba, tradicional baque do Leão Coroado

Oh! senhora do Rosário a sua casa cheira
cheira cravo, cheira rosa cheira a flor de laranjeira

Samba lêlê tá mutá ooh!
viemos de Luanda
oh! minha gente vem ver o Leão onde anda

Nessa casa diamante aonde o Leão entrou
palavra rei medalha medalha pro governador

olê olá negrada olha a linha
sustenta essa pisada nosso rei nossa rainha

lanceiro sentido somos de Minas Gerais
a licença foi tirada pelo barão de Caxangá

Esse maracatu foi fundado em 1863
codinome Leão Coroado passado e glorias nunca se desfez
é o maracatu mais antigo, pois nenhum museununca lhe acolheu
nós somos de nação germam semente africana Xangô pai nos deu

olha a costa veia
é nagô ifã
Leão Coroado é nação german

TOADAS DA NAÇÃO PORTO RICO

Oh! Eu sei, minha origem é Nagô,
É Nagô, é Nagô, é Nagô, é Nagô, é!
Oh! Eu sei, minha origem é Nagô,
Sei de onde vim, mas onde vou, senhor?

Onde estão nossas origens,
Que a história não registrou?
Onde estão nossos heróis da história,
E com passado de glória, com destemor?

Entre os grandes heróis, mostramos,
Que o líder maior, Zumbi.
Nunca foi o bicho mau da história,
Que muitas vezes na escola,
Com medo ouvi.

Viva treze de Maio,
“negro livre no Brasil”.
Mas ao bem da verdade,
Foi um “primeiro de abril”.

SE É BÀBÁ (XEU ÊPA BÀBÁ– Shacon Viana

Oxalá meu pai
Tenha pena de nós, tenha dó
Salve a Nação Porto Rico
Que seus poderes são maior

A Nação de Porto Rico
Vem trazendo todos os santos
Vamos homenagear
De Êxum a orixalá

Bate o agonguê, toque o ijexá,
Bate o agonguê, canta Xêuêpa Babá.

SALVE OS BATUQUEIROS – Shacon Viana

Bate o bombo no terreiro,
Chamando os filhos pra dançar.
Salve, salve os batuqueiros,
Porto Rico vai passar.

Da licença meu senhor,
Da licença minha senhora,
Da licença eu vou passar,
Que os trovão já vão embora.

Salve Deus minha Nação,
Que aqui se consagrou,
Salve o povo de Luanda,
Só um adeus que eu já me vou.

CANTO PRA XANGÔ OMULÚ– Shacon Viana

Surgiu um grito nas pedreiras,
“kawo, kawo, kabé, se ilê”,
bate o bombo na aldeia.
Chamando os filhos de fé.

Eu sou filho de Nanã,
Quem me chamou foi Yemanjá.
Porto Rico tem um baque,
Baque das ondas do mar.

BAQUE DAS ONDAS– Shacon Viana

O feitiço da bruxa de pano,
Boneca de cera vamos respeitar
Porto Rico que vem de Luanda,
Segure o baque das ondas do mar.

Salve Xanô nas pedreiras,
Oxósse na mata, Oxum na cachoeira.
Odó Mió! Yemanjá.
Segure o baque das ondas do mar.

Vem chegando Nanã e Omolú,
Ossain e as folhas, salve Obá!
A rainha que é Yansan,
Segure o baque das ondas do mar

É das ondas do mar (êo)
É das ondas do mar (e laia)
É das ondas do mar
Segure o baque das ondas do mar
Pout Pourri – Nas águas verdes do mar

Nas águas verdes do mar,
Vi um barquete bonito

Quando o farol deu sinal,
Eu avistei Porto Rico.

Se meu povo está em guerra
Yansan vem lê salvar
Salve o povo de Olorún
Êpahei! Chegou Oba!

Atotô a Omolú,
Pra curar todos feridos.
A Yêeu, mamãe Oxum,
Com seu canto e muito brilho.

É Ogum nosso guerreiro,
É Oxósse o caçador.
Esse é o baque de guerra,
Salve o povo de Olorún.

MEU BAQUE É LENTO

Meu baque é lento,
Vem das ondas do mar.
Vou levar flores,
Pra minha mãe, Yemanjá.

Toca o aljá pra Xangô,
Tca o Ijexá pra Oxalá.
Oxum é a Deusa do Ouro,
Princesa dos orixás.

NOITE DO DENDÊ– Shacon Viana

Chega meu povo, corre pra ver,
Nação Porto Rico e a noite do Dendê.

Em 1914, fiz a noite do Dendê,
Em 1914, fiz a noite do Dendê.

Tocando ilu pelo terreiro, só pra ver o chão tremer.
Tocando ilu pelo terreiro, só pra ver o chão tremer.

Vamos cantar minha gente,
Nessa noite eu quero ver.
De Exu a Orixalá,
Batendo baqueta, quebrando o Dendê.

ELIZABETH A RAINHA – Shacon Viana

Ela é a minha madrinha,
Elizabeth a rainha acabou de chegar.

Toque um egó, batuqueiro.
A que nesse terreiro, pra ela dançar.

É pra ela dançar, é pra ela dançar,
Toque um ego batuqueiro,
A que nesse terreiro pra ela dançar.

NAÇÃO GUERREIRA

Oh Porto Rico, Nação guerreira.
Nação verdadeira de muito valor.
Bate o bombo, manda uns trovão,
Porto Rico é de nação Nagô.

NO TOQUE DO MEU TAMBOR

Quando toco meu tambor,
Quando escuto o meu cantar.
É no reino de Ogum,
Que Porto Rico vai passar.

No toque do meu gongué,
No chiquichá dos meus agbês.
Tarol e caixa pra você,
Na marcação que eu quero ver.

“Porto Rico é de Nação Nagô”

TOADAS DA NAÇÃO ESTRELA BRILHANTE DE RECIFE

Nação Estrela Brilhante de Recife

1)
Cheguei meu povo, cheguei pra vadiar
Cheguei meu povo, cheguei pra vadiar

Sou eu a Nação Estrela
não prometo pra faltar

=============================

2)
Sou estrela do mar
Eu vivo a navegar
Eu sou!

Na ilusão do horizonte
Sou eu a estrela mais linda que há

=============================

3)
Olha a Costa Velha é Nagô Afã
Estrela Brilhante é Nação Germana

Vejo um quê na estela, tem um brilho sem igual
Uma luz tão fagueira ilumina a corte real

=============================

4)
Os tambores acariciam a noite
Sinhá Marivalda acordou
E o estandarte do Estrela chegou

Ôoo ôo ôoo

Bravos guerreiros que dançam com ira da dor
Luz nas escadarias do morro
O estandarte do Estrela chegou

Salve o rei, salve a rainha
do Morro da Conceição!

Eles descem o morro de branco
pra sambar maracatu

=============================

5)
Dança a rainha, vassalo e escravo
Todos os lanceiros e a corte real
Toque o batuque no baque virado
Dama de paço escute o compasso

Vem meu rei, embaixador e princesa também
Catirina olha o baque zuando
É o Estrela que já vem chegando

=============================

6)
Levante a bandeira que o mestre apitou
Com dama de paço o Estrela chegou

Chegou, chegou

Com baque parada e baque trovão
Com dama de paço escuta o refrão

=============================

7)
Quando os nossos tambores zoou
E a dama de paço girou
Meu estandarte brilhou
Porque sou Nação Nagô

Vem Nação Estrela Brilhante cantar
Bate forte os nossos tambores
Rufa a caixa, mineiro e ganzá
Joventina Erundina não deixa o tambor se calar

=============================

8)
Vovó falou e o Barão assinou
Vovó falou e o Barão assinou
Estrela Brilhante é Nação Nagô
Estrela Brilhante é Nação Nagô

Na marcação das alfaias
no tilintar do gonguê
no xiquexá das maracas
na marcação do agbê

=============================

9)
Toque o gonguê, balance o ganzá
É no baque virado que o Estrela vai passar

Cante sinhá, toque sinhô
Sou afro-africano e também Nação Nagô

=============================

10)
Mandei fazer uma casa com a janela voltada para mar
Para Dona Joventina, rainha de Portugal

Mandei fazer uma casa com a janela voltada para
Para Dona Erundina, rainha de Portugal

Quem foi que disse que o Estrela não saía?
O Estrela sai à rua com prazer e alegria!

Nesse beco escuro rodado a espinho (?)
Estrela Brilhante que vem no caminho!

=============================

11)

Foi na Virgem do Rosário
que os nossos tambores zoou

Zoou, zoou
Marivalda, a rainha, ela já se coroou

Canta minha nação, brilha o meu pavilhão
É no som dos tambores que Estrela é Nação Nagô

Canta toda nação, brilha o meu pavilhão
É no som dos tambores que Estrela é Nação Nagô

Agenda Alves Cruz apresentação Baque Virado batizado Bloco de Pedra blocodepedra Bloco de Percussão caldinho de feijão Calo na Mão cineclube Circuito Cultural coco de umbigada Consciência Negra construção construção de instrumentos convenção Dia da Consciência Negra Escola Alves Cruz Festa Junina Grupo Quiloa guadalupe história Letras de Toadas Leão Coroado Maracatu maracatu.org.br Maracatu Bloco de Pedra Maracatu Leão Coroado Maracatu Nação Maracatu São Paulo Mestre Shacon Mestre Walter Nação Porto Rico Olinda parceiros do Bloco de Pedra Porto Rico programação Projeto Calo na Mão Quiloa Recife Santos Sessão Caldinho de Feijão Sábado São Paulo

Desenvolvido com WordPress
Sob uma Licença Creative Commons Créditos