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Breve relato de como se deu o fim da escravatura no Brasil
Em 1885, foi aprovada a lei Saraiva-Cotegipe ou dos Sexagenários que beneficiava os negros de mais de 65 anos.Foi em 13 de maio de 1888, através da Lei Áurea, que liberdade total finalmente foi alcançada pelos negros no Brasil. Esta lei, assinada pela Princesa Isabel, abolia de vez a escravidão no Brasil.
A assinatura da lei foi conseqüência de um longo processo de disputas. Logo antes da elaboração do deputado conservador João Alfredo, muitas manifestações pedindo a libertação dos escravos já ocupavam as ruas, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro.
Na verdade, os escravos já estavam mobilizados em torno desta causa havia muitos anos. Um dos primeiros ícones da luta pela libertação dos escravos, considerado o mais importante até hoje, foi o movimento do Quilombo dos Palmares, liderado por Zumbi dos Palmares.
* A foto postada é da oficina de contrução de alfaias.
Bjs a todos….
COMO O MARACATU É VISTO HOJE
SUCESSO E VARIEDADE
Os maracatus, seja do tipo nação, seja de orquestra, vivem sua época áurea. Há discos nas lojas, trajes como o do caboclo de lança são vendidos no carnaval, há páginas e mais páginas sobre o ritmo na internet. Hoje fazem parte da abertura oficial do carnaval recifense, em uma cerimônia na qual ocorre a entrega das chaves pelo prefeito para o rei momo e a rainha do carnaval, em pleno coração da parte antiga da cidade: o Marco Zero. Pelo menos seis maracatus-nação gravaram seus CDs: Estrela Brilhante do Recife, Porto Rico do Pina, Cambinda Estrela, Encanto da Alegria, Leão Coroado e Estrela Brilhante de Igarassu. Quanto aos de orquestra, Cruzeiro do Forte, mestre Barachinha e mestre João Paulo já gravaram, entre outros. Também os gravou mestre Salustiano, com a presença de músicos como Siba e sua banda Mestre Ambrósio. Salustiano ainda colaborou para popularizar outros ritmos, como o cavalo-marinho, o coco e o forró.
Atualmente existem mais de 30 grupos de maracatus-nação filiados à Federação Carnavalesca e pelo menos 20 disputam o concurso de agremiações nos oito últimos anos – até a década de 1980, não desfilavam mais do que sete grupos. Katarina Real, antropóloga estadunidense, afirma na obra O Folclore no Carnaval do Recife que existiam entre os anos 1961 e 1966 apenas cinco grupos.
Hoje, além dos denominados, por alguns estudiosos e folcloristas, como tradicionais, há diversos considerados “estilizados” ou “parafolclóricos”. Ao contrário dos tradicionais, reproduzem apenas partes das nações de maracatu, a exemplo de seu conjunto musical e alguns personagens do cortejo. Muitos, no entanto, restringem-se à percussão.
ACEITAÇÃO
Nas décadas de 1950 e 1960, o maracatu de baque virado obteve certa aceitação social, alçado à condição de parte da nossa tradição africana, componente da teoria do Brasil mestiço, formado pelas três raças, dando suporte ao mito da democracia racial. O maracatu de orquestra foi considerado como uma deturpação, uma descaracterização do modelo tradicional, o baque virado. Foi criticado e mesmo perseguido até os anos 1970, quando chegou a ser proibido de desfilar na passarela oficial da cidade durante o carnaval de 1976. Os maracatus de orquestra só adquiriram visibilidade e sucesso nos anos 1990, muito graças à influência de seu resgate pelos jovens sintonizados à cultura pop da época, organizadores do famoso Mangue Beat (veja o quadro “Ícones pop”).
Os maracatus, tanto os de orquestra como os do tipo nação, constituem atualmente um importante símbolo da identidade pernambucana. Sofreu até mesmo uma espécie de desafricanização: um “embranquecimento”. Esse processo histórico acelerou-se nos últimos anos, conferindo-lhe um caráter mais voltado para o espetáculo, vinculado ao turismo e ao mercado de world music. Afora isso, os maracatus hoje são vistos como autêntica cultura pernambucana. É difícil imaginar que até há pouco tempo, sobretudo nos anos 1980, eram rejeitados e marginalizados por uma sociedade consumista e preconceituosa. É parte dessa mesma sociedade que valoriza e se orgulha dos maracatus produzidos em Pernambuco no século 21.
FONTE:http://www.desvendandoahistoria.com.br
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